O evento Roda de Conversa: Mulheres Negras na Ciência é um espaço dedicado a celebrar e fortalecer a presença das mulheres negras no campo científico. Neste projeto, buscamos promover um diálogo enriquecedor sobre as lutas, conquistas e a resiliência dessas mulheres extraordinárias, que, apesar dos desafios enfrentados, continuam a brilhar e a inspirar novas gerações. Acreditamos que a educação antirracista é fundamental para transformar a sociedade e garantir que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas. Por meio de conversas abertas e troca de experiências, queremos criar um ambiente acolhedor onde possamos discutir não apenas as barreiras que ainda existem, mas também as estratégias e iniciativas que têm sido eficazes na promoção da equidade e inclusão.
A realização do evento Roda de Conversa Mulheres Negras na Ciência: movimento de luta, resiliência e educação antirracista, justifica-se pela urgente necessidade de dar visibilidade e reconhecimento às experiências, trajetórias e contribuições de mulheres negras no campo científico, frequentemente invisibilizadas pela estrutura racista e patriarcal da sociedade e das instituições de ensino.
Num contexto em que o acesso e a permanência de mulheres negras na ciência ainda enfrentam inúmeros obstáculos, é fundamental criar espaços de escuta, partilha e valorização destas vozes. A ciência precisa refletir a diversidade da sociedade, não apenas como um valor ético, mas como uma estratégia essencial para a construção de conhecimento plural, crítico e transformador.
Este evento visa ainda fomentar uma educação verdadeiramente antirracista, que confronte os estereótipos e promova a igualdade racial e de gênero dentro e fora do ambiente acadêmico. Ao reunir mulheres negras de diferentes áreas do conhecimento, pretende-se criar um espaço de fortalecimento coletivo, inspiração e articulação de redes que contribuam para a luta por uma ciência mais justa, inclusiva e representativa.
Oportunizar espaço de divulgação e amplo debate sobre as produções científicas, seus resultados e perspectivas de intervenção socioambiental.
PALESTRANTE | TEMA | INSTITUIÇÃO |
MSC. Rosa Margarida Rosa de Carvalho Rocha
| Escola, Currículo e Educação Antirracista: desafios da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola-PNEERQ. |
Membra da CADARA |
Dra. Givânia Silva | Políticas Públicas para Equidade de Gênero e Raça. | Conselho Nacional de Educação-CNE |
Dra. Ana Célia Paz | A PNEERQ em Roraima | CONSED/UNDIME |
Dra. Leila Perussolo | Mediadora do evento | IERR |
MSC. ROSA MARGARIDA DE CARVALHO ROCHA: ESCOLA, CURRÍCULO E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: DESAFIOS DA POLÍTICA NACIONAL DE EQUIDADE, EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA-PNEERQ.
RESUMO DO CURRÍCULO
Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Possui Pós Graduação em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros pela PUC-MG, Especialização em Didática Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica e Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena. Assessorou o MEC para a concepção e elaboração do livro Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico Raciais sendo coordenadora do GT Ensino Fundamental. Foi Assessora da Prefeitura de Sabará, Prefeitura de Congonhas, Secretaria de Educação de Contagem, Secretaria de Educação de Ribeirão Preto, Secretaria de Educação do Estado do Paraná e da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais para implantação da Lei 10.639/03. Ministra Palestras com temas sobre o Trato da Questão Racial no Cotidiano Escolar, Inclusão Racial na Escola, Discriminação Racial na Escola. Tem experiência de mais de trinta anos na área de Educação, com ênfase em Relações Étnico-Raciais, atuando principalmente no seguinte tema: construção positiva da Identidade da criança Negra, História da África e dos Africanos no Cotidiano Escolar. É membro do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Araguari; Membro do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial de Minas Gerais
DRA. GIVÂNIA SILVA: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA.
RESUMO DO CURRÍCULO
Educadora e quilombola, professora da educação básica em escolas públicas. Graduada em Letras e Pedagogia, Especialista em Programação de Ensino e em Desenvolvimento Local Sustentável. Mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação e Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília -UnB. Pesquisa educação escolar quilombola, organização de mulheres quilombolas e questões da/na terra em quilombos. Integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro/NEAB/ UnB). Ex-bolsista do CNPQ/CAPES. É membro co-fundador e membro da coordenação do Coletivo Nacional de Educação da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas CONAQ e coordenadora do Coletivo Nacional de Educação da mesma instituição. Vereadora por 2 mandatos (200-2008) pelo Partido dos Trabalhadores/ Salgueiro -PE. Ex-Secretária Nacional de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR em 2 períodos (julho de 2007 a maio de 2008) e de março de 2015 a maio de 2016). Ex. Coordenadora de Regularização Fundiária dos Territórios Quilombolas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária- INCRA (setembro de 2008-fevereiro 2015). Pesquisadora associada, Coordenadora de área científica da Associação Nacional de Pesquisadoras e pesquisadores Negras e Negros – ABPN. Consultora da FAO para análise de políticas para povos e comunidades tradicionais propostas em conferências, encontros e seminários e sua efetivação junto a esses grupos (2018), da ONU Mulheres como formadora de professores(as) para implementação do currículo pedagógico O Valente Não é Violente (2018-2019) e da FLACSO na pesquisa Educação e práticas comunitárias (janeiro a julho 2020). Pesquisadora associada da FLACSO e do PNUD (2021-2022) Professora voluntária do CEAM/NEAB e DEX 2018-2019 e professora substituta da FUP/UnB (março de 2020 a fevereiro de 2021). Integrante da Rede de Ativista pelo direito a Educação do Fundo Malala no Brasil. Membro da Coordenação do GT de Igualdade Racial no Governo de Transição (2022), Portaria n 1, de 8 de novembro de 2022. Integrante da Cátedra da Educação Básica da USP. Conselheira Consultiva do IPHAN, Consultora ad hoc da CAPES e Conselheira do Conselho Nacional de Educação -CNE.
DRA. ANA CÉLIA PAZ: A PNEERQ EM RORAIMA.
RESUMO DO CURRÍCULO
É pedagoga, professora universitária e doutora em Ciências da Educação rev. Universidade de Uberaba/MG. Mestre em Educação pela Universidad Alcalá de Henares, Espanha. Especialista e pesquisadora na área de Gestão Escolar. Atuou como Diretora Acadêmica da Faculdade FACETEN -RR, Coordenadora do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Estácio -RR, Chefe de Gabinete e professora da FESUR – ISE/RR, Diretora e Coordenadora Pedagógica de várias Escolas públicas e privadas. Atualmente é Coordenadora Estadual do Programa Nacional de Equidade, educação para as Relações Étnico-raciais/ CONSED-SEED RR, Consultora da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação em Roraima (UNDIME/RR), como coordenadora de etapa da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – Anos Iniciais. Atua em atendimentos e serviços técnico educacionais, bem como na formação continuada de docentes e profissionais da educação. Possui experiência na área de Gestão Pública, Recursos Humanos e Educação, com ênfase em Gestão Educacional e práticas pedagógicas.
A realização desta roda de conversa representou um passo importante na construção de um espaço de reconhecimento, escuta e valorização das trajetórias de mulheres negras na ciência. Ao longo do encontro, partilhámos histórias de luta, resiliência e superação que desafiam as estruturas excludentes e inspiram novas gerações a ocupar com orgulho e competência o espaço científico.
Este evento reafirma a necessidade de uma educação antirracista, que promova não só a inclusão, mas também a transformação profunda dos ambientes académicos e científicos. A presença ativa e potente das mulheres negras aqui reunidas mostra que é possível e necessário construir uma ciência comprometida com a justiça social, a equidade e a diversidade.
Que este momento não se esgote em si, mas se torne semente para novas ações, parcerias e redes de apoio que fortaleçam a presença de mulheres negras na produção de conhecimento. A luta continua, e todos seguem juntos na construção de um futuro mais justo e plural.
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